segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Em Direção à Selva Central II: Junin à Tingo Maria

Deixei cedo a cidade de La Oroya e cruzei uma das regioes mais frias desta viagem. O frio estava de congelar e nao havia luva, jaqueta ou cachequol que diminuisse a sensaçao de frio. Passei por uma altitude de 4.100 metros aproximadamente, muito plana e por isso mesmo, desabrigada do vento e do frio. Cheguei a uma cidade chamada Junin, onde em 1824 ocorreu a Batalha historica em que Simom Bolivar derrotou as forças españolas.

Mais em frente parei em uma pequena cidade que cultiva e cultua, por assim dizer, a “maca”, uma raiz produzida nas altitudes andinas que tem propriedades energéticas e revigorantes. Um extrato quente de “maca” e um caldo d ecordeiro me deram forças para continuar a viagem naquele frio.

Bem, um detalhe cumpre mencionar. Em um pedágio (“peaje”), saindo de La Oroya, um policial depois de revisar todos meus documentos tentou inventar um outro tal de “seguro obrigatorio”, sem a qual, segundo ele nao poderia dirigir. Expliquei-lhe calmamente que havia me informado no consulado e na Polícia Nacional e que estava com todos os documentos necesarios. Ele chegou a ter a cara de pau de dizer que a Polícia Nacional em Puerto Maldonado era uma e em Junin, era outra. Qunado fiocaram claras suas intensoes tive que dar minha primeira caretirada no Peru. “Soy periodista en Brasil”, e pronto, passe de mágica me deixou passar.
Mas quero deixar claro uma coisa, fui parado mais de 10 vezes no Peru, em todas, os policiais foram solicitos e após examinar os documentos, me deixaram passar tranquilamente. Esta foi a única vez desafortunada, e se a excessao confirma a regra, posso afirmar que um único caso em dez, nao justifica a má fama da polícia peruana. Na maior parte do tempo, foram aliados imprencidíveis desta viagem, dando informacoes e segurança nos trechos mais dificeis.

Depois de passar por Cerro Pasco, a carretrea central volta a baixar novamente, passando por Huánuco e depois descendo ainda mais, já revelando novamente a paisagem amazônica. As montanhas vao se desdobranno a nossa frente, paredoes cobertos de exótica vegetacao vao abrindo-se cada vez mais, descortinando a Floresta Amazonica.

Combate às drogas

Chego na vibrante cidade de Tingo Maria, já no inicio da Floresta Amazônica. Balneários, gente de motocicleta calçoes, bermudas e óculos escuros, parece até que estao indo para o igarapé preto! Nas ruas há varias referencias ao combate às drogas, uma regiao que há bem pouco tempo sentia a influencia do narcotrafico. Há batalhoes d epolicia, carros blindados, mas o clima é de tranquilidades. No mercado, aquela quase infinita variedade de frutas e verduras que se encontra por todo Peru. Na secçao de plantas medicinais, um velho comerciante passeia tranquilamente entre os fregueses e a policia nacional. Em sua camiseta os dizeres que vi por todo Peru e que ecoam nos Andes como uma verdade histórica de um povo a espera de Justiça : “La Hoja de Coca nos és Droga”!

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