segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Machu Pichu: Cidadela dos Incas é uma das Maravilhas do Mundo



Conhecer Machu Picchu é quase que obrigatorio para quem vem ao Peru. Ainda que existam outras dezenas de sitios arqueologicos espalhados pelo Vale Sagrado do rio Vilcanota(principal formador do Amaznoas), e também pela Selva, litoral, desertos e mesmo nas periferias de Cuzco, Machu Picchu é o destino mais procurado por turistas do mundo todo.
Por esta mesma razao, visitar machu Picchu tem se tornado também um paseio bastante caro, ainda que toda beleza e misterio que envolvem a antiga cidadela, paguem o preço.
A simples entrada no sítio de Machu Picchu custa 124 soles ao tursita estrangeiros e aí, nao adiante dizer que é brasileiro, pois de sueco a argentino, todos pagam o mesmo preço.
Em 1999 visitei Machu Picchu caminhando por 3 dias pela Trilha Inca, com certeza, a melhor maneira de se chegar lá, até por que a antiga trilha utilizadas pelos incas para sairem de Cuzco servia como uma trilha sagrada, de purificaçao, como é por exemplo, o Caminho de Santiago.
Na época gastei algo em torno de 125 soles, para fazer a viagem , com comida, barraca e guia, além d etransporte para voltar, tudo incluso. Hoje, este mesmo percurso esta custando algo em torno de 200 a 300 dólares e é necesario fazer a reserva com uns seis meses de antecedência. A opçao do trem é a mais confortavel mas também a mais cara, chega a custar 49 dolares, pagos para uma empresa que nem sequer peruana é.

Em Duas Rodas



De motocicleta contudo é possivel se fazer uma viagem belìssima, pasando por todo Vale sagrado do rio Vilcanota, entre Pisac até Ollantaytambo, cidade erigida no tempo dos incas e que é uma beleza, com toda infraestrutura para recebimento de turistas, desde internet até o aluguel de bicicletas. A partir de Ollantaitambo, sobe-se até 4.300 metros de altura aonde existe uma reserva natural chamada “Abra Málaga”, com espécies animais e vegetais típicas da altitude.
A partir daí começa-se a descer novamente e a paisagem seca e fria do vale sagrado, vai dando lugar a uma floretsa serrana, muito bonita, cheia de flores. Passamos por uma regiao produtora de café, chá, frutas e coca (para consumo tradicional). Chega-se entao ao municipio de Santa Tereza, que a pesar do tamanho está bem equipada para receber turistas. De Santa Tereza é possivel visitar os banhos termais de Cocalmayo, onde nos surpreende um elegante “resort” em meio à serra.


A pé


Depois de um merecido descanso, vem a parte mais dificil. Esta na verdade é a rota alternativa para quem quer chegar a Machu Picchu gastando o mínimo possível. Com apenas dois soles uma Van nos leva até a Hidroelètrica de Machu Picchu. De lá caminhamos em linha reta por cerca de duas horas e meia acompanhando a linha do trem . A paisagem é bem bonita e vale o passeio, mas tem que estar preparado. Após este trajeto, umas plaquinhas nos convidam a subir em zig-zag, escalando a montanha de Machu Picchu. O caminho é seguro, mas é necessário boa disposiçao física e se possivel, sempre ter umas folhas de coca à mao. Em que pese todo o preconcenito gerado em torno desta planta, ela é a melhor companhia nos Andes, ajuda a manter a dispiscao e regula o metabolismo para a altitude.
A subida é bastante ingreme e é absolutamente necessário cooordenar as passadas com a respiraçao, para nao ficar sem ar.
Os peruanos costumam brincar com os turistas dizendo que estes depois de muita dificuldade escalarem uma montanha, se deparam com nativos vendendo souvenirs. Isto refelte muito da realidade. Qunado cheguei no alto saindo de 1.700 metros de altitude para 2.400, com a lingua para fora e o coraçao quase saindo do peito, encontrei uma estrtura de primeiro mundo com um restaurante luxuoso e um hotel para poucos (cerca de 750 a 1.200 dolares a diária), todo tipo de souvenirs e serviços, obviamente bem caros. Lá, uma guia ofereceu seus serviços por 100 soles, e depois de chorar muito, alegando ser brasileiro, etc e etc, consegui deixar por 60 soles, mas é posivel se reduzir mais ainda caso esteja em grupos.
De certa forma, há um verdadeiro choque: percebe-se claramemnte que estamos em um lugar sagrado, onde os Incas, seus sacerdores, professores, artesaos viviam em constante louvor à natureza. Por outro lado, é inevitável a sensaçao de que tentam tirar até o nosso último centavo. Ainda assim, digo com todas as letras: vale a pena.



Sol, Lua e Estrelas




Primeiro nos deparemos com uma civilizaçao construidas por “índios” que tinham agua encanada e esgoto, coisa que muitos de nos até hoje nao temos. As construçoes obedecem rigorosamente aos movimentos aparentes do Sol, da Lua e das Estrelas. As construçoes principais sao um mixto de observatorio astronomico e altar de devoçao. Por isso, tenho a sensaçao de que entre os Incas, ciencia e religiao nao eram coisas separadas, mas muito unidas. Existia uma classe de sacerdores, mas também de mestres, professores. Suas casas ainda estao lá, como um testemunho da vida que levavam. Os Incas também construiram terraços com as quais conseguiam produzir desde o tradicional e insdipensavel milho, até frutas tropicais como maracujá e graviola entre outras.
Bem, há coisas que é impossivel de dizer em palavras e mesmo as imagens distantes da fotografia nao sao capazes de traduzir a intensidade que é se deparar com uma civilizaçao tao avançada anterior à chegada dos europeus no continente.
Sndei pelos seus labirintos de pedra, e compartilhei da devoçao dos antigos Incas, pelo Sol, a Lua, as Estrelas, as Águas, a Terra, o Tempo. Como eles pedi a bençao aos “Apus” senhores das Montanhas que sempre nos olham, para a viagem de regresso. No centro do templo “Intiwatana” (observatório do Sol), olhei com um certa dose de nostalgia olhei para a pedra que simboliza o Cruzeiro do Sul.


Fotos: 1-Trem da empresa anglo-chilena que explora comercialmente o caminho férreo até Machu Pichu. 2- Visão da "Llaqta" (cidadela). 3 - Intiwatana ou "janelas do sol". 4 - Representação da "Chacana" ou constelação do Cruzeiro do Sul em Machu Pichu.

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